Introdução: A asma é uma afecção inflamatória crônica, caracterizada por hiper-reatividade e broncoespasmo das vias aéreas, apresentando sintomas como tosse, sibilância, dispnéia e redução da função pulmonar. Inclusive, a doença apresenta elevada prevalência e morbidade, atingindo aproximadamente 11% da população brasileira infantil. Ela pode apresentar variação do quadro clínico, associada a fatores como infecções, alérgenos e inatividade física. Objetivo: Elucidar a influência do exercício físico no controle da asma em crianças. Método: Revisão bibliográfica com bancos de dados Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), Scielo e Medline, utilizando descritores fator de impacto, exercício físico, asma e criança. Foram analisados quatro artigos originais. Resultados: A prática regular de exercício físico (EF) exerce efeitos positivos no controle da asma em crianças. Existe uma relação inversa entre a gravidade da doença e aptidão física, logo, crianças mais ativas apresentam mais chances de apresentarem asma controlada. Entretanto, até o início dos anos 2000, não era consenso a recomendação de atividade para tratamento não farmacológico da afecção, visto que EF pode desencadear o broncoespasmo induzido pelo exercício (BIE), estreitamento transitório das vias aéreas durante ou após esforço. Noutro giro, novos estudos científicos demonstraram que a prática de exercícios pode melhorar a capacidade aeróbia e anaeróbica, inflamação pulmonar e dispnéia, bem como reduzir responsividade brônquica e BIE. Assim, comprovou-se a eficiência da atividade física na redução de exacerbações da asma na infância, quando realizada com predominância aeróbia, intensidade baixa a moderada, entre trinta e noventa minutos, pelo menos duas vezes por semana. Por isso, a prática de EF é recomendada pelo Global Initiative for Asthma (GINA), visto que, frequentemente, pacientes pediátricos permanecem com sintomas asmáticos após o tratamento clínico-medicamentoso. Conclusão: O treinamento físico exerce importância relevante na reabilitação da asma, pois a melhora do condicionamento influencia na melhora clínica das crianças, especialmente com diagnóstico moderado a grave.