Introdução: A adolescência contempla importantes transformações e a forma que o adolescente vive e enfrenta esta fase impacta em seu desenvolvimento e seu engajamento com o mundo que os cerca. Assim, além de uma rede de apoio familiar, é fundamental o acompanhamento por profissionais de saúde que estejam preparados para aplicação da medicina do adolescente.
Objetivo: Apresentar a participação do pediatra na saúde mental do adolescente e seu impacto na vida adulta.
Método: Estudo observacional de corte transversal analítico, com amostra probabilística de 113 jovens adultos de 21 a 31 anos que responderam ao questionário online auto aplicável no ano de 2022. A análise dos dados foi constituída de uma análise descritiva, tabulados por meio do Windows Excel.
Resultados: Observou-se que grande parte dos participantes foram ao pediatra durante a adolescência, 75,2% (n: 85). Contudo, apesar do acesso às consultas, o conteúdo abordado foi em sua maioria a respeito de mudanças físicas 27,20% e apenas 8,3% foram abordados sobre saúde mental. Foi analisado também o nível de satisfação dos jovens atualmente com sua saúde mental e seu corpo e a grande maioria se mostrou geralmente satisfeito, pouco satisfeito e insatisfeito.
Conclusões: Devido a intensas mudanças e novas percepções de si mesmo e o mundo e as pressões sociais, os quais são mais vulneráveis, problemas como depressão, ansiedade, transtornos de conduta, transtorno de imagem e violência podem ser vistos nesta fase e prolongados para vida adulta. O estudo aponta que apesar de existir o acesso ao pediatra na adolescência as consultas os temas foram vagamente conduzidos. Sendo assim, a consulta deve englobar integralmente a adolescência por ser uma fase de extrema mudança e importância para os aspectos biopsicossociais do adolescente e realizando um acompanhamento para maior vínculo e efetividade na promoção de educação em saúde abordando sempre tópicos como saúde mental.