O PAPEL DO PEDIATRA NO CENÁRIO DA GESTAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA

INTRODUÇÃO
A gestação na adolescência, com uma prevalência epidemiológica alarmante de 400 mil casos/ano no Brasil, representa um desafio complexo, envolvendo não apenas questões de saúde, mas também implicações sociais e econômicas. Nesse contexto desafiador, o pediatra desempenha um papel crucial, exercendo influência direta no acompanhamento integral da adolescente grávida e o futuro bem-estar do recém-nascido. Destaca-se a importância de intervenções precoces e orientadas pelo pediatra diante dessa realidade desafiadora.

OBJETIVO
Este estudo visa analisar a atuação específica do pediatra no cuidado à gestante adolescente, delineando estratégias preventivas, orientadoras e intervencionistas. Além disso, busca compreender de maneira mais aprofundada como o pediatra pode contribuir positivamente na promoção de uma gestação saudável e para o desenvolvimento adequado do neonato nesse grupo vulnerável.

MÉTODO
Revisão sistemática qualitativa no período de 2020 a 2024, utilizando as bases de dados PubMed, Scielo, LILACS, com o descritor “Pregnancy in Adolescence”. Adicionalmente, foram consultados manuais do portal do Ministério de Saúde relacionados ao tema, enriquecendo a análise com informações sobre práticas e diretrizes nacionais vigentes.

RESULTADOS
Variados sinais de risco foram identificados, abordando alterações comportamentais como início precoce da vida sexual, influência da mídia, falta de informações nas escolas e equipes de saúde, violência sexual e aspectos socioeconômicos. A complexidade da gestação na adolescência é destacada, ressaltando a influência do pediatra na adesão ao acompanhamento médico. Estratégias preventivas, suporte emocional e cuidados pré-natais são enfatizados para redução de complicações materno-infantis.

CONCLUSÃO
O pediatra desempenha um papel significativo na prevenção, atendimento, acompanhamento e assistência à gravidez na adolescência, enfatizando a necessidade de uma abordagem integrativa. Sua atuação impacta positivamente a saúde materno-infantil, contribuindo para redução de complicações e promovendo uma transição saudável para a maternidade na adolescência.