Introdução:
Este estudo piloto explora o uso da telemedicina como um complemento ao atendimento presencial de crianças com Trissomia 21 (T21). A telemedicina ganhou destaque durante a pandemia de COVID-19, permitindo a continuidade dos cuidados de saúde sem exposição ao vírus e, desde então, vem sendo cada vez mais utilizada. É particularmente útil para pacientes com condições crônicas, como T21, permitindo esclarecimento de dúvidas, avaliação de exames e tratamento de condições menos graves.
Objetivos:
Relatar a implantação de um serviço de telemedicina que funciona de maneira complementar a um ambulatório presencial para pessoas com T21.
Metodologia:
A estrutura de telemedicina implantada em um hospital municipal foi utilizada para o atendimento às pessoas com T21 que também eram acompanhadas em um ambulatório presencial. As consultas presencias com o médico especialista foram intercaladas com teleconsultas abertas a toda a equipe de saúde que acompanha o paciente, inclusive com o médico não especialista da atenção primária. Após as consultas, uma pequena avaliação de satisfação era feita com o paciente, seus cuidadores e demais profissionais e saúde presentes.
Resultados:
Os cuidadores sentiram-se satisfeitos com a possibilidade de integrar todos as assistentes e terapeutas em uma única consulta Essa integração possibilitou a troca de experiências e impressões sobre o paciente. O fato do paciente estar em sua casa, um ambiente familiar e acolhedor, também foi levantado como ponto positivo. Para os profissionais de saúde, a integração de diversos saberes possibilitou a elaboração de planos terapêuticos singulares e alinhamento de condutas e expectativas.
Conclusão:
A telemedicina pode ser uma ferramenta importante no seguimento de pessoas com T21, integrando o cuidado e aumentando o acesso aos profissionais de saúde atuando complementarmente aos atendimentos presenciais.