ÓBITOS POR CAUSAS EVITÁVEIS EM MENORES DE 5 ANOS NO BRASIL: 10 ANOS DE ANÁLISE

INTRODUÇÃO: A mortalidade infantil é um indicador crucial de saúde pública e, no Brasil, apesar dos avanços significativos na redução desse índice, persiste a alta prevalência de óbitos de crianças com menos de 5 anos por causas evitáveis. Essa problemática é multifatorial, envolvendo aspectos socioeconômicos, geográficos e de acesso a cuidados de saúde. A análise da distribuição desses óbitos é essencial para entender as falhas nos sistemas de saúde e nas políticas públicas voltadas para a infância. Dessa forma, será possível desenvolver estratégias mais eficazes para prevenir esses óbitos, melhorando os cuidados de saúde pediátricos e as condições de vida das crianças brasileiras. OBJETIVO: Verificar a distribuição dos óbitos por causas evitáveis em menores de 5 anos no Brasil entre 2013 e 2022. MÉTODOS: Estudo descritivo realizado a partir de dados secundários provenientes do Sistema de Informações sobre Mortalidade via DATASUS, entre 2013 a 2022. Foram selecionadas as opções “Óbitos por causas evitáveis – 0 a 4 anos” e “Brasil por regiões e unidades da federação”, além dos campos Causas evitáveis, Regiões, Ano do óbito e faixa etária. RESULTADOS: Houve 411.929 óbitos registrados, destes, a maioria claramente evitável ocorreu por cuidados inadequados no pré-natal, durante o parto e ao recém-nascido. O maior predomínio de mortes foi na região Sudeste, fato associado a alta densidade populacional e número de notificações, e o menor predomínio foi no Centro-Oeste. O ano de maior incidência foi 2013 e 2020 o de menor, possivelmente influenciado pela pandemia do SARS-CoV-2. A maioria dos óbitos ocorreram em até 6 dias de vida e a minoria entre 1 a 4 anos. CONCLUSÃO: Portanto, deve-se intensificar a linha de cuidado à saúde da criança, principalmente na faixa etária até os 7 dias de vida, por meio de estratégias de curto e longo prazo, a fim de reduzir essa realidade.