PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE PEDIÁTRICA POR MALFORMAÇÕES CARDÍACAS CONGÊNITAS NA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL, NO PERÍODO DE 2018 A 2022

INTRODUÇÃO: O estudo do perfil epidemiológico da mortalidade pediátrica por malformações cardíacas congênitas na região Sudeste do Brasil revela uma realidade complexa e impactante. Entre os anos de 2018 e 2022, crianças enfrentaram desafios significativos associados a essas condições médicas, motivando uma análise detalhada para orientar intervenções eficazes. A compreensão dos fatores envolvidos nesse cenário é fundamental para promover políticas de saúde pública que visem à prevenção e ao diagnóstico precoce, com a esperança de reduzir as mortes evitáveis.
OBJETIVO: Objetiva-se descrever o perfil epidemiológico da mortalidade pediátrica por malformações cardíacas congênitas na região Sudeste do Brasil, no período de 2018 a 2022.
MÉTODOS: Trata-se de um estudo observacional descritivo retrospectivo, utilizando banco de dados secundários pelo DATASUS e sua ferramenta TABNET. Analisou-se dados do período de 2018 a 2022, faixa etária de 0 a 14 anos de idade e variáveis sexo, cor e especificações das malformações cardíacas. Comparou-se a mortalidade por malformações cardíacas congênitas entre os estados da região Sudeste do Brasil.
RESULTADOS: A região sudeste apresentou valor absoluto de 6.200 óbitos por malformações congênitas cardíacas de 2018 a 2022 com média anual de 1.240 óbitos. Nos estados da região sudeste, São Paulo apresentou maior incidência de óbitos (52,19%), seguido por Minas Gerais (24,53%). Apresentam os maiores índices de mortalidade as outras malformações congênitas do coração (44,15%), seguida por malformações congênitas dos septos cardíacos (16,15%). A maioria dos óbitos ocorreram em menores de 1 ano de idade (88,13%). Ademais, observou-se maior prevalência no sexo masculino (53,32%) e em pacientes autodeclarados brancos (59,60%).
CONCLUSÃO: O perfil epidemiológico obtido nessa pesquisa indica a importância de estabelecer políticas públicas voltadas para prevenção e diagnóstico precoce de malformações cardíacas congênitas, com o potencial de reduzir as mortes evitáveis associadas a essa condição médica.