INTRODUÇÃO: A mortalidade infantil é um indicador das condições de vida e saúde, sendo parte desses óbitos por causas evitáveis. O Brasil tem progredido na redução geral, mas ainda enfrenta desafios em diminuir as mortes evitáveis. Óbitos evitáveis são considerados falhas na assistência à saúde e indicam a baixa qualidade do atendimento. A análise desses dados é crucial para identificar fatores de risco, reorganizar serviços de saúde e implementar ações preventivas, uma vez destacada a complexidade da região estudada e a escassez de dados sobre o tema. OBJETIVO: Elucidar as principais causas de óbitos evitáveis em crianças de até 4 anos de idade incompletos na Região de Saúde de Carajás, nos anos de 2011 a 2022. MÉTODOS: a pesquisa foi realizada a partir da extração de dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM)-DATASUS. As informações coletadas são referentes aos óbitos entre crianças de idade de 28 dias a 4 anos incompletos causas evitáveis, entre os anos de 2011 e 2022 na Região de Saúde de Carajás, cujas variáveis foram: Sexo, Raça, Local de ocorrência. RESULTADOS: Notou-se que a faixa etária com maior predomínio de mortes está entre 28 a 364 dias e as crianças pardas corresponderam ao maior número de óbitos. Marabá e Parauapebas foram os munícipios com mais óbitos e as mortes hospitalares foram as mais prevalentes. A segunda maior causa de óbitos evitáveis foi reduzível por ações, diagnósticos e tratamento adequado. CONCLUSÃO: A identificação das causas busca orientar a elaboração de ações de saúde adequadas, garantindo uma adequada vigilância epidemiológica. Conclui-se que são necessárias ações de qualificação e estruturação dos serviços de saúde, focando nas causas evitáveis, e a capacitação de profissionais, principalmente na atenção básica e no ambiente hospitalar, para oferecer cuidados mais efetivos e reduzir a mortalidade infantil.