INTRODUÇÃO: A apneia obstrutiva do sono (AOS) é comum na pediatria e ocorre por desequilíbrio entre a patência das vias aéreas e o seu colapso durante o sono, causando repetitivos episódios de obstrução total ou parcial, impactando diferentes aspectos da saúde da criança, sobretudo na esfera cardiovascular, incluindo quadros de elevação de pressão arterial, doença arterial coronariana e acidente vascular cerebral. OBJETIVO: O presente trabalho objetiva relacionar a apneia obstrutiva do sono na infância com doenças cardiovasculares. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica por revisão integrativa, com busca na Cochrane Library e US National Library of Medicine National Institutes of Health (PubMed), sendo 14 artigos selecionados para compor o estudo. Os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) foram: Doenças cardiovasculares, Hipertensão, Apneia obstrutiva do sono, Pediatria e seus respectivos correspondentes em inglês Cardiovascular diseases, Hypertension, Obstructive sleep apnea, Pediatrics. Os critérios de inclusão envolveram artigos publicados nos últimos cinco anos, artigos publicados nos idiomas português ou inglês, artigos que abordassem a relação entre a AOS em crianças e a ocorrência de doenças cardiovasculares, que estivessem disponíveis gratuitamente na íntegra. Foram excluídos artigos publicados antes de 2019 e que não focavam no objetivo do estudo. RESULTADOS: A AOS aumenta a morbidade infantil, sendo um fator de risco independente para hipertensão arterial e riscos cardiovasculares na fase adulta. A hipóxia e baixa qualidade do sono estão envolvidos na patogênese das comorbidades cardiometabólicas, relacionadas a causas micro e macrovasculares. O exame padrão-ouro para diagnóstico de distúrbios respiratórios do sono é a polissonografia. Seu tratamento engloba intervenções médicas, cirúrgicas e de hábitos de vida com abordagem individualizada. CONCLUSÃO: Assim, nota-se que é necessário diagnosticar precocemente e ofertar tratamentos eficazes às crianças com AOS para que os impactos, sobretudo cardiovasculares, sejam minimizados, melhorando a qualidade de vida dessa população.