INTRODUÇÃO
O desenvolvimento infantil pode ser impactado por períodos de hospitalização, sendo a desnutrição determinante na morbidade e no tempo de internação.
OBJETIVO
Objetivou-se comparar o tempo de internação diante das diferentes vias de alimentação e especialidades clínicas em crianças hospitalizadas.
MÉTODO
Realizou-se estudo retrospectivo com 123 pacientes internados em um hospital privado de São Paulo entre os períodos de março a agosto de 2023. Classificou-se o estado nutricional conforme as curvas de crescimento da Organização Mundial da Saúde. As especialidades médicas foram designadas conforme a seguir: oncologia G1, pneumologia G2, neurologia G3, nefrologia G4, reabilitação intestinal G5, infectologia G6, ortopedia G7 e gastroenterologia G8.
RESULTADOS
A média de idade foi 5 anos. Predominou-se eutrofia (68%), seguido por magreza (20%), sobrepeso (11%) e obesidade (1%). Segundo a via de alimentação, os resultados relacionados ao tempo médio de internação (dias) e as 2 especialidades predominantes foram, respectivamente: via oral exclusiva (54%) 11 dias, sendo 45% G2 e 19% G1, via oral associada com suplementação oral (20%) 31 dias, sendo 68% G1 e 24% G4, terapia nutricional enteral exclusiva (19%) 19 dias, sendo 50% G1 e 12,5% G3,G4,G7 e G8, via oral associada a terapia nutricional enteral (7%) 21 dias, sendo 89% G1 e 11% G4, nutrição parenteral exclusiva (7%) 69 dias, sendo 44% G1 e 22% G4 e G5, via oral associada a nutrição parenteral (3%) 38 dias, sendo 75% G1 e 25% G5, via oral associada a enteral e parenteral (2%) 119 dias, sendo 50% G1 e 50% G5.
CONCLUSÃO
A prevalência de alimentação exclusivamente por via oral associou-se a predominância do grupo G2 com menor tempo de internação. Os pacientes oncológicos demonstraram maior prevalência de terapia nutricional, seja oral, enteral ou parenteral. Pacientes que utilizaram nutrição parenteral e enteral apresentaram maior tempo de internação devido maior complexidade clínica.