INTRODUÇÃO: Os acidentes relacionados à ingesta de corpo estranho na infância estão vinculados com a possibilidade de complicações agudas e crônicas, sendo este diagnóstico um caso de Emergência Pediátrica. De acordo com o tipo de objeto, tamanho e local de impactação, o paciente desenvolve sinais clínicos.
CASO CLÍNICO: C. L. S portadora de Encefalopatia Crônica apresentou relato materno de corpo estranho na boca, com exame admissional apresentando discreto desconforto respiratório. Internada para observação e seguimento propedêutico, foi evidenciado objeto do tipo Bateria pela Radiografia de Tórax em esfíncter esofágico superior. Não foram necessários outros suportes. Concomitantemente, a paciente tinha programação de realizar Endoscopia Digestiva por tratar-se de uma Urgência Pediátrica. Acabou vomitando o corpo estranho antes do procedimento, sendo uma bateria ainda funcionante com LED vermelha.
Em suma, não houve outras complicações e a Endoscopia foi feita em caráter de revisão do lúmen esofagiano.
DISCUSSÃO: nota-se que a ingesta de corpos estranhos pode trazer complicações agudas graves ao paciente. Características anatômicas infantis e desenvolvimento colaboram para tal acidente na faixa etária pediátrica. Este paciente em questão apresentou sintomas leves e desfecho animador, uma vez que já houve a hipótese desde o início, seguida do exame de imagem comprobatório. Além do objeto ter sido expelido sem intercorrências. Entretanto, trata-se de uma Urgência por ter sido um bateria e foram cumpridas as medidas tanto imediatas quanto posteriores à resolução do caso.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Acidentes desta natureza devem ser evitados com medidas domiciliares profiláticas, tendo sua relevância aprumada quando há comorbidades envolvidas por parte da criança. De fato, uma vez suspeitado, o diagnóstico precisa ser rápido e o exame de imagem feito na mesma rapidez para comprovação e início do tratamento.