INTRODUÇÃO: O retinoblastoma é um tumor maligno, originado pelas células da retina. O mesmo é o câncer intraocular mais frequente na infância, afetando um a cada 20 mil nascidos vivos. O mesmo se apresenta, mais frequentemente, na faixa etária inferior a cinco anos de vida. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda a avaliação, com a fundoscopia, no teste de triage neonatal, com 72 horas de vida, e três vezes ao ano nos primeiros três anos de vida. No teste de triagem observamos a leucocoria, alem da possibilidade do paciente apresentar outros sintomas como estrabismo, redução da acuidade visual, heterocromia e fotofobia. Quando o diagnóstico é precoce o desfecho é mais favorável.
RELATO DE CASO: ES, 3 ano, foi atendida pelo serviço de oftalmologia do Hospital Bettina Ferro devido quadro de baixa visão e desvio ocular em olho direito há 20 dias. Paciente apresentava antecedente de toxoplasmose congênita, sem avaliação previa e triagem oftalmológica. Ao exame oftalmológico ectoscopia com leucocoria em olho direito e XT, acuidade visual e OE 20/20 e OD com percepção luminosa sugestiva. Biomacroscopia anterior sem alterações. Fundoscopia com OD tendo áreas de retina descolada devido massa subretiana a esclarecer com áreas de hemorragia , tendo vitreo claro, OE com disco óptico corado, com bordas nítidas, mácula com brilho preservado, arcadas vasculares preservadas, retina aplicada 360°. Paciente apresentava quadro oftalmológico de retinoblastoma e foi encaminhado para centro oftalmológico de referencia em SP.
DISCUSSÃO: O quadro oftalmológico descrito, juntamente com os antecedentes mórbidos da paciente, demonstram a importância da aplicabilidade do protelo de triagem oftalmológica sugerido pela SBP. Com o intuito do diagnóstico precoce e desfecho favorável.